14/12/2011

.Classe.

Nessa tarde cinza, andando pelas ruas desertas dessa cidade fantasma, eu pude ter um tempo de reflexão, lembrei-me do ultimo dia ao lado dela, do seu cabelo castanho ao vento, dos seus olhos verdes fixos nos meus. Eu adorava seu lóbulo alargado, seu jeito estranho de andar, seu estilo. Me lembro quando todo esse caos começou,  estava na casa do meu irmão, dando umas bongadas e jogando um vídeo-game, você me ligou e disse que tinha tudo terminado, eu apenas sai correndo até sua casa, que por sinal fica bem longe, e no meio do caminho passando pelo cemitério eu vi os corpos levantarem, mas isso não me assustou meu coração doía muito mais que qualquer coisa, chegando na esquina de seu condomínio eu fui encurralado, mordido, mas não devorado. Deus sabe quantos horas eu fiquei ali deitado, ensanguentado, me levantei e sinceramente eu me sentia muito melhor, já não conseguia correr, mas mancava com classe e com os braços esticados, chegando em sua residência seu maldito cachorro veio me atacar como de costume, mas dessa vez quem mordeu fui eu, bem no crânio peludo. Continuei minha caminhada, até seu quarto, não me pergunte como eu entrei, sua mãe desesperada pra fugir deve ter deixado tudo aberto, você estava me esperando não é? Olhava para mim mas não falava nada, sabia que eu vinha, com muito amor como naquelas tardes de verão, rasguei sua camisa e já mordi sua barriga, lindo seu sangue, puxei suas tripas e degustei cada pedaço seu, a como é lindo tomar você por dentro, não com meu membro, mas com meu dentes e minhas unhas. Arranquei seu sutiã e devorei seus seios, cada pedaço seu foi devorado com amor, mas a melhor parte de seu corpo foi o cérebro, a seus miolos frescos é tão saboroso que nem liguei para sujeira que fazia em minha roupa. Sai devagar de seu quarto, entrei nos aposentos da sua viúva mãe, e achei umas roupas velhas de seu pai. Agora eu estou com classe, paletó e chapéu. E o mundo me espera.

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