Os emboabas entraram Na fazenda dos paulistas Os paulistas, de sabidos, Mandam servir o café.
Não é café que eles querem,
Eles querem, mas gemada
Batida com gema de ouro.
Tornaram a pedir gemada,
De novo lhes dão café,
De novo eles recusaram.
Os emboadas se danam,
Puxam o revólver do cinto./
Vão recuando, recuando,
Até nas margens do rio.
O dia inteiro lutaram.
Descansam de noite um pouco,
Pros paulistas vem café,
Os emboabas avançam,
Pedem um pouco de café, Os paulistas recusaram,
Não lhes dão café afora
- Agora é tarde demais -
Os emboabas, furiosos,
Avançam para os paulistas,
Gritam,: “Depois do café
Se costuma beber água”,
Se embolaram com os paulistas,
Atiraram eles no rio,
Lhes dão água pra beber,
Toda vermelha de sangue,
Na cuia do rio das Mortes.
Murilo Mendes
30/09/2009
Quebrando a rotina :D
Pra todos aqueles, que assim, como essa humilde pessoa que vos escreve aqui, gostam de café, ai vai um poema sobre o mesmo!
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